Completados os primeiros 100 dias da gestão do prefeito Rildo Amaral, a cidade de Imperatriz vive um momento de reconstrução e recuperação da autoestima popular. Em contraste com o que classifica como “anos de negligência”, o secretário de Governo, Clayton Noleto, destaca que a principal mudança é visível nas ruas: “Imperatriz voltou a ter prefeito, voltou a ter gestão e voltou a ter respeito pela sua gente”.

Em entrevista exclusiva ao Jornal O Imparcial, Noleto faz um balanço das primeiras ações da nova administração municipal, como os 30 km de asfalto já entregues, a retomada dos mutirões de saúde, as reformas nas escolas e UBSs, e o diálogo permanente com servidores e categorias.

Mais que isso, ele anuncia com entusiasmo a volta de um dos maiores eventos culturais da região — o Salão do Livro de Imperatriz (Salimp) —, que retorna após dois anos de apagão cultural. “O Salimp é um símbolo da valorização da nossa identidade, e o seu retorno mostra que Imperatriz está viva novamente”, afirma.

Como o senhor avalia os primeiros 100 dias do governo Rildo Amaral? O que mudou em relação a gestão anterior?

Uma das maiores diferenças que eu percebo é que Imperatriz agora tem prefeito, tem gestão, tem uma equipe presente nos quatro cantos da cidade, atuando com seriedade. Todas as secretarias estão em pleno funcionamento, enfrentando os problemas acumulados nos últimos anos com respeito a população. Isso resgata a dignidade da nossa cidade.
No plano concreto, já entregamos 30 km de asfalto, e temos mais 70 km previstos ainda para este ano. Na saúde, os postos voltaram a receber medicamentos, as unidades básicas estão sendo reformadas, o Socorrão tem melhores condições de trabalho e os mutirões de cirurgia voltaram. Há também mais integração com o Hospital Macrorregional.
Na educação, houve diálogo com os professores, chegamos a um consenso, e já está em curso a licitação para os novos uniformes escolares. Mais de 50 escolas estão passando por reformas ou manutenção.
Até o carnaval voltou com força, sendo o maior dos últimos anos e sem uso de verba do tesouro municipal, viabilizado por meio de parcerias com o Governo do Estado e emendas do ministro André Fufuca. Enfim, todas as áreas estão funcionando de novo — com diálogo, transparência e trabalho.

Na esfera estadual, com a aproximação de 2026, há especulações sobre quem será o nome do grupo. Felipe Camarão é esse nome? E Brandão cumprirá o acordo?

O governador Carlos Brandão é hoje a principal liderança política do Maranhão. Tem sido parceiro fundamental de Imperatriz, contribuindo muito com a gestão do prefeito Rildo Amaral.
Desde 2013, com o Diálogos pelo Maranhão, esse grupo político vem trabalhando de forma unida e responsável. A eleição de Flávio Dino e Carlos Brandão, a reeleição, a chegada de Brandão ao governo e sua vitória no primeiro turno mostram essa força.
Tenho absoluta convicção de que Brandão, como líder, tomará a melhor decisão para manter essa unidade.
E quanto ao vice-governador Felipe Camarão, ele é um nome natural. Já foi secretário de Educação, de Cultura, é preparado, tem visão de Estado e, sem dúvida, reúne todas as condições de representar esse projeto em qualquer missão que lhe for confiada.

O Salimp, um dos maiores eventos culturais do sul do Maranhão, vai finalmente voltar?

Vai sim. Eu vejo como uma simbologia muito forte essa tratativa em torno do retorno do Salão do Livro de Imperatriz. Sua ausência nos últimos dois anos foi uma das marcas mais tristes do descaso da gestão anterior com a nossa cidade. Por isso, quando fui procurado — na condição de Secretário de Governo da administração do prefeito Rildo Amaral — pelo presidente da Academia Imperatrizense de Letras, Raimundo Trajano,  o professor Adonilson, que também atua como secretário adjunto na SEGOV, e outros membros da Academia, prontamente nos colocamos à disposição para trabalhar. Levei essa demanda ao governador Carlos Brandão, que, de imediato, entendeu a importância e garantiu parte dos recursos. O chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira, também somou esforços. Temos a convicção que o retorno do Salimp é mais do que um evento cultural — ele é símbolo do renascimento de Imperatriz, da valorização da nossa literatura, da nossa identidade e do fortalecimento da economia criativa, que movimenta a cidade e gera renda. E com a nossa experiência de já ter sido secretário de Infraestrutura do Estado por quase oito anos na gestão de Flávio Dino, como primeiro suplente de deputado federal pelo PSB — quando tive quase 65 mil votos, sendo 20 mil só aqui em Imperatriz — eu me sinto muito feliz ao ver que a boa política, com a junção de forças, resulta realmente em benefício para a população.

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