Recentemente fomos brindados com a notícia que todas as cidades do Maranhão já possuem cobertura 5G, liberada na faixa de 3,5GHz. A informação foi divulgada em matéria publicada no G1.
A liberação não significa que o 5G será instalado de imediato nas localidades. O processo depende do planejamento individual de cada operadora privada.
Vivemos atualmente a seguinte realidade: um cidadão, celular em mãos, percebe que aquele sinal reluzente que a propaganda prometeu, de quinta geração, não existe onde sequer o sinal de celular tradicional ousa aparecer.
A ironia é palpável. Em plena era digital, estamos mergulhados em uma desconexão total.
Atualmente o serviço de telefonia e internet, que deveria ser um direito básico e acessível, é caro e ineficiente. Pergunte a qualquer usuário maranhense e a resposta será unânime: pagar caro por um serviço que oscila entre o precário e o inexistente.
Quem dirá em ter 5G?
E vemos pouca ação concreta do Ministério das Comunicações para pressionar as operadoras a melhorar a qualidade do serviço.
Ministro das Comunicações, Juscelino Filho (Foto: Divulgação)
ALÔ, alô Ministro Juscelino Filho em vez de comemorar uma suposta ampliação de cobertura, que tal arregaçar as mangas e cobrar das companhias telefônicas um serviço à altura do que pagamos? O que impede essa cobrança, essa fiscalização rigorosa?
Celebrações sobre o avanço tecnológico soam vazias quando confrontadas com o nosso dia a dia.
Para os cidadãos e cidadãs do Maranhão, o 5G ainda é um sonho distante. Precisamos de menos discursos e mais ação, menos autopromoção e mais compromisso verdadeiro.
A população espera mais do que palavras. Espera um serviço decente, compatível com o valor pago. Espera, enfim, uma conexão que una, e não uma promessa vazia que isola. Principalmente da nossa vivência diária.
Mín. 17° Máx. 29°