Uma pesquisa do instituto Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (3), revela que 44% dos eleitores brasileiros têm medo da volta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao poder. Por outro lado, 41% temem a reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026.
O levantamento mostra ainda que 6% dos entrevistados afirmaram ter receio dos dois cenários, enquanto 4% disseram não ter medo de nenhuma dessas possibilidades. Outros 5% não souberam ou não responderam.
Mesmo com queda na aprovação, Lula venceria todos os principais candidatos da direita em um eventual segundo turno. Se a disputa se repetisse contra Bolsonaro, o petista teria 44% das intenções de voto, contra 40% do ex-presidente – um empate técnico dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. Além disso, 3% dos eleitores estão indecisos e 13% afirmam que votariam em branco, nulo ou não compareceriam às urnas.
Contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, Lula ampliaria a vantagem, com 44% contra 37% do adversário. Neste cenário, os indecisos somam 4% e os votos brancos/nulos chegam a 16%.
Apesar da vantagem nas pesquisas eleitorais, a popularidade de Lula caiu. A reprovação do presidente atingiu 56%, o maior índice desde o início do mandato, marcando uma queda de sete pontos percentuais em relação ao levantamento anterior. Atualmente, 41% dos entrevistados aprovam sua gestão.
Com Bolsonaro inelegível, a direita busca um novo nome para a disputa presidencial de 2026. Segundo a pesquisa, os mais citados são Tarcísio de Freitas (15%) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (14%), ambos tecnicamente empatados. Pablo Marçal (PRTB) aparece em terceiro lugar, com 11%.
Entre os eleitores que votaram em Bolsonaro em 2022, Michelle lidera com 26%, seguida de perto por Tarcísio, com 24%. Já Pablo Marçal tem 12%, e Eduardo Bolsonaro (PL), 8%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 27 e 31 de março, com 2.004 eleitores de 120 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.