No Maranhão, uma tragédia que poderia ter sido evitada agora ocupa as manchetes.
A queda da ponte em Estreito torna-se um colapso estrutural e o reflexo de uma ausência ensurdecedora do atual diretor do DNIT, João Marcelo.
O invisível superintendente que deveria guiar com firmeza e presença, até então parecia ter optado por um manto de anonimato.
É curioso, quase surreal. Durante meses, moradores, motoristas e líderes comunitários alertaram sobre os riscos iminentes.
Agora, com caminhões tombados no leito do Rio Tocantins e produtos tóxicos ameaçando a população, as consequências são inegáveis. A CAEMA precisou interromper o fornecimento de água em Imperatriz, agravando o drama das famílias que dependem desse recurso
Em um comunicado recente, a autarquia maranhense afirmou que a responsabilidade pela manutenção da ponte é da superintendência do Tocantins.
Contudo, para a população impactada, a divisão de responsabilidades burocráticas pouco importa. O que se espera é ação coordenada e imediata para evitar tragédias como essa.
Talvez o verdadeiro desastre não esteja apenas na queda da ponte, mas na invisibilidade de quem deveria liderar.
Em tempos em que informação e transparência são fundamentais, essa ausência soa como descaso.
O Rio Tocantins, testemunha e vítima, clama por soluções. E a população, mais uma vez, precisa arcar com o peso de lideranças que permanecem na contramão.