Nesta quarta-feira, 13, o salão principal da Assembleia Legislativa do Maranhão será palco de uma disputa marcada mais pelo simbolismo estratégico do que pela tensão das surpresas.
A atual presidente Iracema Vale (PSB) é favorita para ser reconduzida à Presidência da Casa. Ela tem como concorrente a candidatura avulsa do deputado Othelino Neto (SDD) , que já foi presidente da Alema.
Iracema Vale, presidente da Casa e força crescente no grupo do governador Carlos Brandão (PSB), se aproxima de uma reeleição que ecoa as peças de um xadrez cuidadosamente posicionado.
Com Davi Brandão (PSB) assegurado na primeira-secretaria, já sacramentado por um acordo prévio em apoio a Roberto Costa (MDB) na corrida pela Prefeitura de Bacabal, e Antônio Pereira (PSB) consolidado como primeiro-vice, a chapa de Iracema se configura como uma peça crucial para os rumos de 2026.
A exclusão do PCdoB da vice-presidência não passa despercebida. A decisão parece ter um recado explícito: o grupo político de Carlos Brandão alinha suas expectativas com pragmatismo e foco.
E com isso, sinaliza para o futuro. Como presidente da Assembleia até 2027, Iracema Vale está em uma posição que lhe dá visibilidade e abertura para articulações decisivas.
Uma postura que por sí só a posiciona para 2026, revelando as nuances de uma dinâmica que ganha contornos reveladores em um cenário político em mutação.
Entretanto, a eleição reserva um último detalhe que carrega sua própria complexidade: o voto secreto.
Neste jogo de cartas cobertas, os parlamentares têm a liberdade de articular discretamente, usando o sigilo como canal para manifestações políticas mais audaciosas ou mesmo para o inesperado.
O tabuleiro está armado. Os movimentos estratégicos serão lidos, decifrados e comentados não apenas pelos que aguardam o desenlace da votação, mas também por aqueles atentos às mexidas para o futuro.