Em sessão no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA) nesta terça-feira (29), o desembargador José Gonçalo de Sousa Filho trouxe à tona uma preocupação significativa sobre o futuro das eleições em Imperatriz, destacando a possibilidade de a cidade perder o direito ao segundo turno em 2028.
Conforme o magistrado, Imperatriz possui atualmente apenas 1.099 eleitores a mais que o mínimo constitucional de 200 mil votantes, necessário para viabilizar a segunda rodada eleitoral.
“A população de lá deve ficar atenta. Imperatriz está com um número muito justo, contando com somente 1.099 pessoas acima do mínimo. Precisamos lembrar que o número de óbitos também é um fator relevante, pois impacta diretamente no total de eleitores”, alertou o desembargador.
A observação veio acompanhada de uma recomendação para que a população da cidade acompanhe de perto o quadro demográfico e eleitoral nos próximos anos, visando preservar o direito de eleger o prefeito em duas rodadas de votação.
A eleição de 2024 marcou a primeira vez em que Imperatriz vivenciou uma disputa em dois turnos. Para viabilizar essa mudança histórica, foi necessária uma campanha robusta de cadastramento e regularização eleitoral, envolvendo parcerias com entes públicos e privados, voltada a assegurar que o município ultrapassasse o limite necessário de eleitores aptos.
O alerta do desembargador serve como lembrete à população local e às autoridades para que monitorem de perto o número de eleitores. Caso Imperatriz registre uma redução significativa nos próximos anos, existe o risco de que a cidade perca o direito ao segundo turno em 2028, uma mudança que poderia alterar profundamente a dinâmica das eleições municipais.
“Quem tiver interesse que aquela cidade continue com esse status, é importante que acompanhe esses acontecimentos, para que o município não perca essa condição”, concluiu José Gonçalo.