O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Maranhão (Sinproesemma) voltou a cobrar, durante entrevista ao Programa Tribuna Sindical, o Governo do Estado do Maranhão, demandas históricas da categoria, como a realização de um concurso público para a contratação de novos professores e ampliação da jornada de trabalho de 20 para 40 horas..
O presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira, destacou a urgência do concurso público, que já não é realizado há anos, resultando em um déficit de profissionais na rede estadual.
Ele manifestou sua preocupação com a precarização das condições de trabalho, apontando que os professores contratados temporariamente, além de receberem salários menores, não contribuem para o Fundo Estadual de Pensão e Aposentadoria (FEPA), o que compromete ainda mais a saúde financeira do sistema previdenciário estadual.
"Os contratados não têm os mesmos direitos que os efetivos, e isso traz prejuízos para o FEPA. Além disso, estamos diante de uma situação onde a precarização salarial e as condições de trabalho são alarmantes. Precisamos que o Governo do Estado se comprometa com a realização de um concurso público, para garantir a valorização dos profissionais e a estabilidade na rede de ensino", afirmou Oliveira.
Outra reivindicação central da categoria é a ampliação da jornada de trabalho de 20 para 40 horas semanais para os profissionais já nomeados. Segundo o Sinproesemma, essa medida, além de valorizar os profissionais, ajudaria a mitigar a escassez de professores nas escolas estaduais.
Os professores denunciam que, sem a ampliação do quadro de efetivos e sem o cumprimento dos acordos estabelecidos com a categoria, o futuro da educação e da previdência pública no estado está em risco.
"Estamos colocando isso à mesa e esperamos que o governador Carlos Brandão dialogue com a categoria para atender essas pautas que são justas e necessárias", finalizou o presidente do Sinproesemma.