A classe dos farmacêuticos da região de Imperatriz enfrenta uma grave situação de desvalorização profissional.
Há cinco anos, o piso salarial permanece estagnado, sem qualquer reajuste, enquanto os custos de vida continuam a aumentar. Este cenário, segundo a diretoria do Sindicato dos Farmacêuticos do Sul do Maranhão (Sincofarsul), se deve a alegada incapacidade financeira das farmácias para pagar um salário justo. No entanto, a prosperidade e o crescimento de muitas dessas farmácias na região colocam em dúvida essa justificativa.
De acordo com a legislação vigente, a abertura e o funcionamento de uma farmácia exigem a responsabilidade técnica de um farmacêutico. Apesar disso, esses profissionais têm visto seu poder aquisitivo ser corroído pela inflação e pelo aumento contínuo de suas despesas desde 2018, quando ocorreu o último reajuste salarial.
"É profundamente injusto para nós, farmacêuticos, termos nossos salários congelados enquanto vemos o crescimento das farmácias para as quais trabalhamos. Nosso trabalho é essencial para o funcionamento legal dessas empresas, e é necessário que sejamos justamente remunerados por isso", desabafa um farmacêutico da região, que prefere não ser identificado.
Em resposta as crescentes reivindicações, o Sincofarsul marcou uma assembleia extraordinária com donos de farmácias e drogarias, sejam elas associadas ou não. Espera-se que essa reunião possa trazer soluções concretas e imediatas a todos(as).
O apelo é claro: os farmacêuticos de Imperatriz e região pedem um reajuste salarial justo e digno. Esta luta não é apenas por melhores condições de trabalho, mas também por reconhecimento e valorização da profissão.
A situação em Imperatriz reflete um problema maior que afeta farmacêuticos em diversas partes do Brasil, onde muitos ainda enfrentam desafios semelhantes. A classe espera que este apelo possa sensibilizar tanto os empregadores quanto as autoridades competentes para que medidas urgentes sejam tomadas.
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