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Juscelino Filho será afastado se PGR aceitar indiciamento, diz Lula

O presidente disse ainda esperar que o próprio ministro tome a iniciativa de deixar o governo caso seja denunciado pela Procuradoria-Geral da República

Por: Carlos Leen
27/06/2024 às 14h14 Atualizada em 04/07/2024 às 12h20
Juscelino Filho será afastado se PGR aceitar indiciamento, diz Lula
O presidente disse ainda esperar que o próprio ministro tome a iniciativa de deixar o governo caso seja denunciado pela Procuradoria-Geral da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quarta-feira (26/6) que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, será afastado do cargo caso a Procuradoria-Geral da República (PGR) aceite o indiciamento da Polícia Federal por corrupção.

O petista disse ainda esperar que o próprio ministro tome a iniciativa de deixar o governo “em paz”. Voltou ainda a defender que Juscelino tenha presunção de inocência, citando que ele próprio não teve esse direito quando foi acusado e preso pela Operação Lava-Jato.“Há um pedido de indiciamento da PF. Há um pedido, que tem que ser aceito ou pelo Alexandre de Moraes (ministro do Supremo Tribunal Federal), ou pelo PGR. Não foi aceito por nenhum ainda. Eu, como já fui vítima de calúnia, difamação, tive proibido o direito de me defender, não tive direito à presunção de inocência… O que eu disse para ele: ‘a verdade só você que sabe, Se o procurador indiciar, você sabe que tem que mudar de profissão’”, declarou o presidente em entrevista ao UOL.

PGR decide se aceita ou não indiciamento

Questionado sobre a última frase, Lula confirmou: “Se houver indiciamento (sic) pela Procuradoria-Geral da República, ele vai ser afastado”. Juscelino Filho já foi indiciado pela Polícia Federal suspeito de desviar verbas de emendas parlamentares para beneficiar propriedades de sua família no Maranhão. Cabe agora à PGR apresentar denúncia contra Juscelino ou arquivar o caso.

O chefe do Executivo disse ainda esperar que Juscelino tome a iniciativa de deixar o governo caso seja denunciado pela PGR. “Eu acho que o próprio ministro toma a iniciativa: ‘Presidente, vou deixar o seu governo em paz’”, comentou.

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